Poliomelite: a importância da vacinação nos dias atuais

  • Poliomelite tem queda em cobertura vacinação
  • Entenda porquê a adesão a campanha caiu tanto nos últimos anos
  • Veja os riscos da não vacinação

Desde o início do século vinte e um até meados de dois mil e quinze a vacinação de poliomelite sempre esteve presente nas cadernetas de vacinação. Era presença garantida e a sua cobertura vacinal raramente ficava abaixo de cem por cento em todo o país. Infelizmente desde dois mil e dezesseis temos enfrentado uma queda na adesão a campanha e os números de cobertura beiram setenta por cento hoje.

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Pensando em alternativas para reverter esse quadro e voltar a marca dos cem por cento de cobertura vacinal no país, o Ministério da Saúde resolveu intensificar a campanha de divulgação a respeito da doença e igualmente prorrogar o prazo para vacinação.

Mesmo com as mudanças que a pandemia causou e com o atraso na realização da campanha ainda é possível vacinar as nossas crianças esse ano. E mesmo que eventualmente na sua região a mesma tenha sido finalizada no momento de leitura desse post é possível atualizar a caderneta de vacinação a qualquer momento no centro epidemiológico da sua cidade.

Para contribuirmos com o engajamento pela vacinação resolvemos trazer algumas informações, sobretudo os riscos que a não proteção de nossas crianças pode trazer tanto para elas próprias quanto para a sociedade.

Lembrando que a meta do Ministério da Saúde para esse ano é de alcançar noventa e cinco por cento de cobertura.

Falta de tempo, fake news e a falsa ideia de doença do passado

poliomelite

O primeiro motivo, segundo especialistas, que justificam o motivo pelo qual a cobertura contra a doença teria caído tanto ao longo dos anos é o fato da falta de tempo. Para muitos pais ou responsáveis acaba sendo difícil levar as crianças no horário em que as Unidades de Saúde estão abertas para vacinação. Isso porque o horário condiz com o horário de aula das crianças ou com o horário de trabalho dos pais.

Atrelado a esse primeiro fator temos as fake news que estão criando um movimento muito forte contra as campanhas de vacinação e não apenas contra a poliomelite. Ou seja, contra todas as patologias que já conquistamos a prevenção por meio da vacinação.

Outro ponto que acaba contribuindo para a não adesão é a ideia de que a poliomelite é uma doença do passado. As pessoas não têm medo de uma doença que elas não viram e igualmente não conhecem os seus riscos. Por que temos um desejo tão grande pela vacina do coronavírus? Porque sabemos como a doença é grave.

O último caso de poliomelite no Brasil teve seu registro em 1989. Muitos pais pensam que por isso não precisam vacinar seus filhos, mas precisam sim, porque ainda assim há riscos da doença chegar ao país e contaminar nossas crianças.

Riscos da poliomelite

poliomelite

A poliomelite é provocada pelo vírus poliovírus. Ele pode entrar no organismo pelas vias áreas ou pela boca e acaba sendo eliminado pelas fezes, um dos meios de contaminação. Justamente por conta disso se faz mais comum em regiões onde o saneamento é precário e inadequado.

Apesar de inicialmente apresentar sintomas muito similares ao de uma gripe comum a poliomelite pode deixar sequelas para toda a vida do indivíduo. Dentre elas está a paralisia aguda que acomete principalmente os membros inferiores. Mas que pode chegar até os braços e os músculos que atuam no sistema respiratório.

Apesar dos sérios riscos da poliomelite os brasileiros não precisam se preocupar. A imunização contra os três tipos da doença estão disponíveis gratuitamente pelo Ministério da Saúde a toda a população que é vacinada em três estágios diferentes da vida.