Planta stévia e suas propriedades – origem

Stévia é um adoçante muito usado em substituição do açúcar para pessoas que fazem dietas e regimes. Veja a origem desta planta que tem um poder fabuloso de adoçar de até 300 vezes mais que o açúcar que consumimos diariamente.

Stevia

Foto da planta stévia (foto:uem)

Classificação científica:

  • Reino: Pantae
  • Divisão: Magnoliophyta
  • Classe: Magnoliopsida
  • Ordem: Asterales
  • Família: Asteraceae
  • Gênero: Stévia

Princípios ativos:

  • Glicosídeos,
  • Esteviosídio de 5 a 10%,
  • Rebaudiosídio 2 a 4%,
  • Dulcosídios,
  • Óleo essencial,
  • Taninos.

Os adoçantes dietéticos são produzidos a partir de edulcorantes, substâncias naturais ou artificiais responsáveis pelo sabor doce. Eles possuem um poder de adoçamento muitas vezes muito maior que o açúcar de cana e são recomendados para dietas especiais como as de restrição, principalmente no diabetes e de emagrecimento.

No mercado existem um grande variedade de adoçantes como o ciclamato, a sucralose, o acessulfame-K, o steviosídeo. A sacarina e o aspartame são os preferidos de grande parte dos consumidores.

Na época da colonização da América do Sul pelos espanhóis e portugueses, nas imediações do território paraguaio e regiões circunvizinhas, como Brasil, Argentina e Bolívia, habitavam os índios nativos tupi-guaranís. Estes indígenas constituíam um população ao redor de 400 mil indivíduos. Integrados à floresta e cultivando plantas especiais que utilizavam como remédios e alimentos.

Os índios da América demonstraram o valor de plantas como a mandioca, a batata-doce, o algodão, o milho, a baunilha, o mate e muitas outras que hoje são universalmente conhecidas e cultivadas. Descobriram e ensinaram também sobre as propriedades da coca, da vanila, da quina, da salsaparrilha e dezenas de outras espécies medicinais.

Uma pequena planta, chamada de Kaá-Hê-ê, que em guarani significa erva-doce, era muito utilizada pelos índios para adoçar diversas preparações medicinais, já que suas folhas apresentavam propriedade extremamente doce.

Embora conhecida dos índios e documentada pelos conquistadores espanhóis conforme documentos mantidos pelo Arquivo Nacional de Assunção, somente em 1887, esta planta teve sua primeira abordagem científica dada pelo naturalista Moisés Bertoni. A partir de uma pequena amostra e alguns fragmentos de inflorescência o pesquisador determinou que a planta tinha certas características do gênero Stevia ou Eupatorium. Parte do material analisado foi enviado ao químico paraguaio, Ovídio Rebaudi, que realizou os primeiros ensaios químicos sobre a planta, publicados em 1900, na revista argentina Química e Farmácia.

Numa homenagem ao pesquisador, Bertoni havia denominado a planta de Eupatorium rebaudiana. Em 1905, após estudos botânicos mais aprofundados, Bertoni comprovou que se tratava realmente de uma Eupatoriae porém do gênero Stevia e assim denominou-a de Stevia rebaudiana. Mais tarde a Sociedade Botânica do Paraguai denominou-a de Stevia rebaudiana Bertoni.

O poder edulcorante da Stevia e do princípio ativo foi motivo de vários estudos.

Em 1913, baseado numa análise de um laboratório em Hamburgo, Bertoni anunciou o poder edulcorante da substância extraída das folhas de Stevia como sendo mais ou menos 180 vezes mais doce que o açúcar de cana.

Em 1931, após o isolamento e identificação do steviosídeo, principal princípio edulcorante da Stevia, Bridel e Lavielle anunciaram um poder edulcorante deste composto como sendo 300 vezes mais doce que o açúcar comum (2).

Em 1959, Lawrence e Fergunson publicaram dados obtidos sobre o poder edulcorante do steviosídeo, que ficou estabelecido em cerca de 280 a 300 vezes que o da sacarose em seu limiar de dulçor . Fonte: www.dbq.uem.br


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Comentários

24 respostas para “Planta stévia e suas propriedades – origem”

  1. Avatar de Andressa
    Andressa

    Sou de Montes Claros Minas gerais, gostaria de saber onde eu poço encontrar a muda de stervia , a anos que eu a prucuro e não acho. pode ser em Minas ou em São Paulo

    muito obrigada .

  2. Avatar de Gerson
    Gerson

    Stévia causa danos ao DNA de células cerebrais em ratos?

    Ja li alguma coisa sobre o assunto e gostaria de saber se está comprovado algum dano em humanos.

    Também gostaria de saber porque o adoçante stévia sumiu do mercado (a muito tempo não vejo nada de propaganda).

    Gostaria de usar mas tenho receio!

    Obrigado

  3. Avatar de Mary
    Mary

    Stévia causa danos ao DNA de células cerebrais em ratos

    Vilma Homero

    Mesmo sendo um produto natural, o consumo do esteviosídeo — adoçante obtido da planta Stevia rebaudiana — por animais de laboratório mostrou que a substância pode causar lesões no DNA das células de diferentes órgãos. Pelos resultados do trabalho que está no prelo e será publicado em breve na revista Food and Chemical Toxicology, a análise do sangue de ratos alimentados com uma solução de esteviosídeo diluída em água revelou lesões em sangue periférico, fígado, baço e — o que mais surpreendeu os pesquisadores — cérebro dos animais. Este foi apenas mais um dos resultados dos diversos estudos que fazem parte da pesquisa "Efeitos biológicos induzidos por agentes físicos e químicos presentes no meio ambiente", coordenada pelo professor Adriano Caldeira de Araújo, do Instituto de Biologia, da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), com apoio do edital Cientista do Nosso Estado, da FAPERJ.

    A pesquisa é ampla. Abrange trabalhos desenvolvidos por alunos de mestrado e doutorado, com diferentes formações básicas, como Nutrição e Biologia, abordando aspectos e agentes diversos. E tem deixado o professor entusiasmado com alguns artigos já publicados e com o possível interesse de especialistas de outras universidades para desdobramento de certos temas. Assim como o trabalho com o esteviosídeo, dissertações de mestrado e teses de doutorado investigam também os efeitos biológicos de outros agentes, físicos ou químicos, como o estanho (cloreto estanoso, usado na medicina nuclear), seja em DNA plasmidial, em bactérias, em ratos ou, até mesmo, em células humanas. Outro trabalho estuda ainda a reação de cepas bacterianas, selvagens ou mutantes em reparo de DNA, a baixas taxas de radiação ultravioleta A.

    No caso da Stevia rebaudiana, após a dissertação de mestrado da nutricionista Ana Paula da Motta Nunes, ainda será preciso entender os mecanismos que levam à formação das lesões, o que caberá a outros especialistas. "Acredito que pesquisadores de diferentes especialidades da área biomédica terão interesse em descobrir por que o esteviosídeo ingerido por via oral, ou o esteviol, um produto de sua metabolização, além de causar inativação de células bacterianas, consegue atravessar a barreira hematoencefálica em ratos e causar lesões no DNA de células cerebrais. Isso foi detectado por um ensaio chamado Cometa, usado para diagnosticar este tipo de lesões", diz o professor.

    Em outro protocolo experimental, no entanto, em contato com o DNA de plasmídeo, o esteviosídeo se mostrou inócuo, como explicou o professor. "Porém, quando penetra em uma célula, como a de uma bactéria presente no nosso trato intestinal, ocorre a sua metabolização e a produção de uma outra substância, o esteviol, que é tóxico. Esta substância é, muito provavelmente, a responsável pelas lesões produzidas nas células do cérebro dos ratos estudados pela nutricionista. É lógico que não podemos esquecer que esses resultados foram obtidos em ratos. Por outro lado, também é muito importante lembrar que aquela substância, o esteviol, também pode ser formada no organismo de humanos. Isso demonstra a importância de se continuar esses estudos", esclarece.

    Outra ramificação da pesquisa tem como alvo o estanho. "Isolado, ele é extremamente tóxico. A questão é ver quais são os efeitos cumulativos dessa substância em baixas dosagens e conjugada a outros elementos", fala o professor. Afinal, os sais de estanho estão presentes de várias formas em nosso cotidiano. Seja nas embalagens metálicas usadas pela indústria alimentícia, nos compostos fungicidas e pesticidas empregados na agricultura, ou como componente do kit de radiofármacos, utilizados na medicina nuclear.

    Sendo assim, esses efeitos têm sido testados in vitro e in vivo, em diferentes sistemas biológicos. A dissertação de mestrado de Anderson Pereira Guedes e um artigo publicado, em dezembro último, na revista Nuclear Medicine and Biology apresentam os resultados obtidos em bactérias e plasmídeos. Além de letalidade na bactéria Escherichia coli, esses íons e componentes derivados provocaram irritação na mucosa oral de ratos, deterioração da qualidade do sêmen, produção de radicais livres e alterações em algumas atividades enzimáticas em coelhos machos.

    Para verificar o efeito desse tipo de exposição em humanos, os pesquisadores observaram pacientes submetidos a exames de medicina nuclear, já que os kits de radiofármacos usados nesses procedimentos contêm cloreto estanoso entre seus componentes. A comparação de amostras de sangue tiradas antes e depois do exame (colhidas em braços opostos) mostrou a formação de lesões em células sangüíneas imediatamente depois da aplicação do kit. Duas horas mais tarde, essas lesões se tornam ainda mais numerosas. Mas 24 horas,depois do exame, as amostras sangüíneas se apresentavam sem quaisquer lesões.

    "Para isso podemos imaginar algumas hipóteses. Ou as lesões foram reparadas por algum mecanismo celular específico para agir nesses casos, ou as células lesionadas foram tiradas da circulação e sofreram apoptose ou necrose. Uma outra hipótese é que tenham sofrido mutações, o que poderia levar a formação de um câncer no futuro", explica o pesquisador. Na tentativa de entender o que ocorre, têm sido usados dois caminhos: estudos em ratos e com amostras de sangue doadas por voluntários — que, neste caso, são os próprios pesquisadores.

    "Nessas amostras, percebemos que ele produz efeito genotóxico em humanos, sendo capaz de se ligar ao DNA das células", diz Flávio José da Silva Dantas. "Em ratos, porém, o estanho injetado na circulação sanguínea só causou lesões quando em altas concentrações. E as substâncias do kit não tiveram efeito nesses animais, nem em 24h nem em 48h", acrescenta José Carlos Pelielo de Mattos. Ambos coordenam o desenvolvimento das pesquisas do departamento, em conjunto com o professor Adriano.

    Mas a equipe de pesquisadores não pára aí. No trabalho do estudante de graduação Paulo Thiago de Souza Santos, o agente físico pesquisado é a radiação ultravioleta A, componente da luz solar, em baixas taxas de doses, com diferentes cepas da bactéria Escherichia coli. Ou seja, nas mesmas condições a que o ser humano é submetido diariamente na exposição cotidiana à luz solar. "Por seus efeitos cancerígenos, este tipo de radiação tem sido muito estudada. Mas a maioria dos trabalhos se volta para as reações a altas doses de UVA. Por isso estudamos a situação real, que é a de baixas doses de radiação", diz.

    Para testar a ocorrência de uma resposta adaptativa cruzada, os pesquisadores observaram duas amostras de células. Uma delas como controle e a outra submetida à radiação UVA durante o dia, e, no final de cada dia, a uma dose de radiação UVC. "Percebemos que a amostra pré-irradiada com UVA tornava-se mais resistente ao UVC do que a do controle. Foi como se a irradiação diária induzisse um mecanismo que ajudasse a reparar as lesões por UVC. O estudo mereceu menção honrosa ao ser apresentado num congresso de genética no ano passado. Agora, resta aos pesquisadores descobrir que gene, ou genes, está sendo induzido e expresso nesse fenômeno", fala.

    "Testando a ação dos diferentes agentes, físicos e químicos, em conjunto e isoladamente, estamos tentando esclarecer os efeitos à medida que eles vão surgindo", anima-se o professor Adriano. E para isso, os recursos recebidos do programa da FAPERJ têm sido essenciais. "Como não têm uma rubrica específica, essas verbas têm podido ser usadas tanto para a compra de substâncias necessárias aos experimentos quanto para equipamentos. Essa facilidade tem nos permitido um maior rendimento no trabalho", finaliza.

  4. Avatar de queria saber onde ac

    onde comprar a planta e a muda para plantar

  5. Avatar de Antonio Ribeiro
    Antonio Ribeiro

    Li um estudo brasileiro que refere a possibilidade de o uso desta planta ou derivados causar lesões em humanos, já que o faz relativamente aos ratos, gostando de usar este adoçante agradecia que me informassem se existe ou não esse risco no seu consumo. Obrigado

  6. Avatar de Rinaldo Neves
    Rinaldo Neves

    Gostaria de comprar mudas de stevia, ou se alguem tiver, por favor entre em contato para comercio exterior.

    Grato

    Rinaldo

  7. Avatar de vander
    vander

    eu gostaria de plantar stevia sou de Maringá Pr como conseguir semente ou mudas se alguem souber me informe

  8. Avatar de Rosita
    Rosita

    Gostaria de saber conhecem as propriedades da Stevia quanto ao controle hormonal (ou diminuição do estrogenio), no tratamento da endometriose e de problemas do aparelho reprodutor feminino. Também gostaria de conseguir uma muda em Brasilia. (61) 8172-5567. Obrigada.

  9. Avatar de Carla Monteiro dos S
    Carla Monteiro dos S

    gostaria de saber se, o adoçante stevita, tem algum efeito colateral a longo prazo como os outros q podem até causar alguns tipos de cânceres se usados por longos períodos.

  10. Avatar de Maria do Perp&eacute
    Maria do Perp&eacute

    Gostaria de saber se em Minas Gerais encontra mudas da estevia, se não onde posso encontrá-las? Grato.