Já ouviu falar em pré-diabetes?

  • Pré-diabetes e diabetes;
  • Diferenças entre diabetes;
  • Cuidados com o diabetes.

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Todo mundo sabe o quanto o diabetes é uma doença arriscada e muito comprometedora da saúde de quem é por ele acometido, mas entre uma consulta e outra, também é normal que o paciente se perca nos termos que os médicos tanto falam e que hoje pouco explicam.

O que é o diabetes e o que pode acontecer com uma pessoa diabética?

Quando uma pessoa se torna diabética, por uma questão de insuficiência na produção de insulina – o que é feito pelo pâncreas – se dá o aumento de glicose no sangue e o surgimento das complicações que podem surgir com esse fenômeno.

A questão é que, por mais que possamos hoje tratar o diabetes e oferecer grande qualidade e estimativa de vida para quem a adquire, a longo prazo a doença pode causar complicações muito graves aos órgãos do paciente por ela acometido.

Essas complicações podem ser muito diversas, mas a perda da visão, insuficiência renal e hepática, fragilidade de imunidade – o que pode deixar o indivíduo vulnerável para doenças como pneumonia, gripes e resfriados, lesões de pele e outras infecções – são queixas, infelizmente, comuns.

E o que é o pré-diabetes e como tratá-lo?

Ainda que um pouco diferente do diabetes em si, o pré-diabetes é uma doença igualmente preocupante e igualmente silenciosa, que pode colocar em risco a saúde de uma pessoa até então saudável de forma muito rápida.

Hoje, no Brasil, estudos apontam para um aumento no número de casos e diagnósticos feitos do pré-diabetes, fazendo com que ele, hoje, acabe até mesmo ultrapassando o número de casos diagnosticados do diabetes em si. Igualmente preocupante, o protodiabetes tem chamado muito a atenção de médicos endocrinologistas.

Em 2017, a Federação Internacional de Diabetes apontava que no Brasil havia pelo menos 14 milhões de pessoas com pré-diabetes. Em relação aos diagnosticados com diabetes mesmo, esse número surpreende: são “apenas” 12 milhões de diagnósticos realizados até o ano passado.

E se isso quer dizer que o número de pessoas pré-diabéticas já superou o número de pessoas diabéticas, isso pode apontar que futuramente teremos ainda mais casos de diabetes registrados entre a população adulta, já que nem todos os 14 milhões de pessoas conseguirão evitar o agravamento da doença.

Como saber se sou diabético ou pré-diabético?

Esse tipo de diagnóstico somente um médico capacitado pode ser capaz de fazer, mas existem nos exames clínicos alguns pontos que podem ser úteis para o nosso entendimento.

 

Nesse resultado de exame pode-se notar tanto o valor da glicemia em jejum – que é um indicador da presença de açúcar no sangue e até que ponto isso pode ser considerado normal.

A pessoa submetida ao exame está numa faixa de normalidade, que começa em 70 e termina em 99. Hoje, considera-se pré-diabética a pessoa submetida ao teste de glicemia em jejum de oito horas e tem em seu resultado valores que vão de 100 a 125 mg/dL. Em 126, o diagnóstico já é o de diabetes mesmo.

Pré-diabetes é uma pré-doença?

Embora o nome sugira isso, devemos considerar pré-diabetes como uma doença realmente importante e que já oferece riscos para a saúde de quem é com ela diagnosticado. Assim, é fundamental que a pessoa que recebe esse resultado tenha em mente que os cuidados e o controle glicêmico devem começar imediatamente.

Algumas pesquisas realizadas no começo dos anos 2000 já indicavam que a mortalidade cardiovascular de pessoas diagnosticadas com pré-diabetes já era muito superior ao número de mortes pela mesma causa da população em geral.

Recentemente, outros estudos também apontam para complicações dos rins, dos olhos e dos nervos do corpo, levando a complicações muito graves, como comprometimento da sensibilidade de extremidades, das mãos e dos pés.

Essas últimas complicações podem levar aos conhecidos casos de amputamento associados ao diabetes, o que são, infelizmente, uma realidade muito dura ainda para quem é acometido por essa grave doença.

E quando uma pessoa se torna pré-diabética, ainda há maior chance de ela se tornar diabética propriamente dita, já que, ainda que esteja em uma fase inicial da doença, os danos já começam a aparecer no corpo do indivíduo. E, vale lembrar, a maior parte deles é irreversível.

E se você está no clube das pessoas que acha que o problema do diabetes está nos altos níveis de glicose no sangue, saiba: qualquer pequena elevação na glicose já é o start de uma bomba relógio. Essas elevações já são o suficiente para causar danos muito graves ao longo do tempo. E isso vale também para o pré-diabetes.

Mas a boa notícia é: apesar de ser uma doença grave, uma vida levada com cuidado e permeada por qualidade de vida pode atrasar e muito ou até mesmo impedir que surjam os efeitos nefastos dessa doença.


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