Empresa usa garrafas pet na construção de parede

Uma empresa do estado da Bahia vem usando garrafas pet para a construção de paredes. A notícia é da Agência Sebrae de Notícias. A reciclagem de garrafas pet tem encontrado várias utilidades, como a confecção de brincos, bijuterias, móveis, vasos para plantas e casas flutuantes. Os reservatórios de plástico deixam de ser descartados indevidamente e ganham novas aplicações. O politereftalato de etileno (pet), que é um polímero termoplástico, pode durar até 800 anos na natureza. O empresário Paulo Marques, da Construtora Gap., partiu em busca de soluções. Hoje, usa garrafas pet para substituir tijolos na construção civil, reduzindo o custo no levantamento de paredes em até 20%.

A reutilização das garrafas não é vista apenas como uma atitude ecologicamente correta, mas pode gerar lucro. Segundo dados da Revista Meio Ambiente, cerca de 53% das garrafas PET ainda são descartados aleatoriamente no país, trazendo sérios danos à natureza. O desafio é gerar lucro com um material de custo tão baixo e, de quebra, beneficiar o meio ambiente.

O empresário Paulo Marques explica que o uso de garrafas pet na construção civil substitui os blocos de cerâmica e cimento, reduzindo o custo em até 20%, além de agilizar a execução do serviço e ter metade do peso de uma parede normal. Segundo ele, as paredes são feitas com estrutura pré-moldada (placas), forradas com argamassa, cimento, blocos de isopor e alguns produtos químicos – o segredo industrial da empresa. Ele tem a patente do produto junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) e já realizou testes e ensaios de resistência do produto na Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia.

A ideia inovadora vai ser colocada em prática em uma Eco Vila, no Vale do Capão, onde serão construídas 40 residências. As garrafas serão fornecidas por uma ONG de catadores de Palmeiras dos Índios. “Nossa unidade industrial fica em Jauá, na Estrada do Coco, onde demonstramos o produto e as possibilidades de utilização.

O empresário explica que como as paredes não têm função na estrutura – responsabilidade dos pilares e vigas – podem ser utilizadas em prédios, casas residências, escritórios e todo tipo de construção.

Paulo Marques garante que os estudos apontaram para um bom isolamento térmico-acústico que se soma à economia e à leveza do produto. “As garrafas se encaixam perfeitamente uma no fundo da outra, formando tubos que vão gerar as placas que serão revestidas pelo concreto celular (com o uso de células de isopor). As paredes ficam com a mesma largura do que uma parede normal: 20 cm”, explica. Uma parede normal pesa em torno de 1.480 kg o metro cúbico. Já as paredes de pet chegam a 720 kg o metro cúbico.

Serviço:
Fonte e maiores informações Agência Sebrae de Notícias Bahia
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