Especialistas dão dicas de como cultivar e usar plantas medicinais

O cultivo e uso de ervas medicinais foi altamente explorado em um estudo realizado por especialistas do site do Sebrae. O objetivo das pesquisas era orientar aquele empreendedor que desejava investir neste ramo de fitoterápicos.

O Arteblog selecionou as melhores partes deste estudo e apresenta agora para seus leitores. Confira as dicas e curiosidade, depois aplique-as no seu dia a dia para o cultivo e uso de ervas medicinais:

  • O mercado mundial fitoterápico cresce a uma média de 6,5% ao ano;
  • 80% da população de países em desenvolvimento dependem de drogas à base de plantas medicinais;
  • Estima-se que o setor fitoterápico movimente cerca de R$ 1 bilhão no ano de 2010 e que os mercados específicos desses medicamentos movimentem cerca de US$ 400 milhões anuais, no Brasil;
  • Os custos de desenvolvimento de medicamentos fitoterápicos são, em média, 10 vezes mais baratos que os medicamentos tradicionais.

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A necessidade de irrigação, o sistema utilizado e a quantidade de água serão definidos para cada tipo de planta. A maioria das ervas aromáticas e medicinais não toleram excesso de umidade, principalmente aquelas provenientes da região do Mediterrâneo.

A irrigação deve ser feita, preferencialmente, nas horas mais frescas do dia. Realizar o controle de pragas, doenças e plantas daninhas, mas, sempre que possível, evitando o uso de produtos químicos. No caso de cultura de ciclo mais curto, fazer a rotação com outras culturas e retirar e queimar folhas e restos vegetais doentes.

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As plantas medicinais e aromáticas nunca devem secar ao sol, exceto algumas raízes e cascas de plantas.

A umidade do material é retirada, mas não devem ocorrer perdas de princípios ativos, para que o produto final esteja dentro dos padrões requeridos pelo mercado.

Não misture plantas diferentes e muito aromáticas em um mesmo local e separe as mais suculentas das mais finas, pois o período de secagem é diferente. Após a secagem, providencie um local ventilado, seco, limpo e de preferência escuro para armazenar as plantas.

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Dica médica:

Ao contrário da crença popular, o uso de plantas medicinais não é isento de risco. Além do princípio ativo terapêutico, a mesma planta pode conter outras substâncias tóxicas, a grande quantidade de substâncias diferentes pode induzir a reação alérgica, pode haver contaminação por agrotóxicos ou por metais pesados e interação com outras medicações, levando a danos à saúde e até predisposição a câncer.

É importante observar ainda que, todo princípio ativo terapêutico é benéfico dentro de um intervalo de quantidade – abaixo dessa quantidade, é inócuo e acima disso passa a ser tóxico.

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Dicionário útil para utilização de ervas medicinais:

  1. Asseios: Utilização da planta preparada em forma de chá, coado e aplicado em partes do corpo.
  2.  Banhos: Utilização da planta cozida, coada e mistura com a água a ser usada no banho, quente ou fria. O banho pode ser total ou apenas de tronco ou cabeça.
  3.  Cataplasma: Remédios para uso externo feito a partir do chá por infusão ou decocção. Ao chá, inda quente, é adicionada a farinha formando uma papa, que é envolvida em um pano limpo e aplicada no local afetado.
  4.  Decocção: tipo de chá em que se coloca parte da planta em água fria e depois de certo tempo é levado ao fogo brando. Em seguida, fervido por 15 minutos com a tampa da panela (tampado) e abafado até esfriar, coado e servido.
  5.  Inalação: Uso terapêutico através da inalação do vapor da planta fervida na água.
  6.  Infusão: tipo de chá em que é despejado água fervente sobre a(s) parte(s) da planta a ser(em) usada(s). Abafa-se por aproximadamente 20 minutos, côa-se e bebe-se. Esse tipo de preparo é feito para plantas aromáticas (com cheiro ativo).
  7.  Maceração: tipo de chá em que se coloca a parte da planta a ser usada de molho na água fria por aproximadamente 12 horas (folhas e flores) e 24 horas (cascas e raízes).
  8.  Óleo: Remédios para uso externo preparado com a tintura da planta e um óleo (girassol, algodão, copaíba, soja, etc.) ou azeite (andiroba, pracaxi, etc.).
  9.  Suco ou sumo: Extrato feito de plantas frescas, socado, espremido ou triturado com um pouco de água.
  10.  Tinturas: Preparadas com plantas mais água destilada e álcool de cereais. Deixada de molho por 7 dias, a planta deve ser balançando 2 vezes ao dia. Depois coada e bebida em gotas ou aplicada  no local afetado.
  11.  Tisana: tipo de chá em que depois da água estar fervendo coloca-se a parte da planta a ser utilizada. Abafa e deixa ferver por mais 3 minutos, desliga e deixa abafado até esfriar. Coa e bebe-se. Esse tipo de preparo é empregado para plantas sem cheiro.
  12.  Ungüento: Remédios para uso externo feito do sumo da planta fresca, misturado com gordura vegetal ou animal. Aquecido ao fogo brando até derreter, pode-se acrescentar um pouco de mel ou calda de açúcar para engrossar.

Fonte: [Sebrae]